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08/02/2010 10:31Medo de Dirigir
O Que é a Psicanálise
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Uma visão psicanalítica
Na psicanálise, o medo de dirigir não é visto apenas como um “medo do trânsito", mas como um sintoma, ou seja, uma expressão de conflitos emocionais que se manifestam no corpo e na vida prática.
O sintoma sempre diz algo — mesmo quando a pessoa não sabe o que ele está dizendo.
1. O que significa ter medo de dirigir na psicanálise?
Dirigir envolve:
-
autonomia,
-
controle,
-
responsabilidade,
-
capacidade de reagir diante do imprevisível,
-
exposição ao mundo,
-
tomada de decisões rápidas.
Por isso, o medo de dirigir muitas vezes revela conflitos ligados a:
-
angústia diante da autonomia
-
medo de errar ou perder o controle
-
baixa autoestima e autoconfiança
-
supereu muito crítico (“eu não posso falhar”)
-
dificuldade em ocupar um lugar de potência
-
medos antigos de abandono ou desamparo
-
vivências traumáticas ou rígidas na infância
O carro, nessa leitura, simboliza o próprio eu em movimento.
E muitas vezes, mover-se assusta mais do que ficar parado.
2. O medo como deslocamento simbólico
O medo de dirigir pode ser uma forma de o inconsciente deslocar uma angústia mais profunda para uma situação concreta.
Exemplos comuns na clínica (não generalizando, apenas ilustrando):
-
A pessoa teme dirigir, mas no fundo teme assumir a própria vida.
-
Teme avançar, porque teme errar.
-
Teme ir longe demais, porque teme perder o controle emocional.
-
Teme acidentes, mas no fundo teme enfrentar expectativas externas.
Assim, o trânsito se torna a cena onde aparecem conflitos internos velados.
3. O papel do Supereu
Pessoas com medo de dirigir frequentemente sofrem com um Supereu rígido — aquela voz interna que:
-
critica,
-
humilha,
-
exige perfeição,
-
nunca está satisfeita.
Dirigir sob essa voz interna é como dirigir com alguém ao lado dizendo:
“Você vai errar. Você não consegue.”
O corpo responde com ansiedade, tremores, taquicardia, bloqueio mental.
4. O caminho psicanalítico: não “forçar dirigir”, mas compreender o sintoma
A psicanálise não começa colocando a pessoa atrás do volante.
Ela começa perguntando:
-
“O que este medo está tentando comunicar?”
-
“Qual angústia ele está encobrindo?”
-
“O que dirigir simboliza para você?”
-
“O que estava acontecendo na sua vida quando o medo surgiu?”
-
“O que você teme que aconteça se assumir o controle?”
O sintoma perde força quando sua função psíquica é compreendida.
Quando o sujeito entende o lugar emocional do medo, ele vai sendo elaborado, e o corpo deixa de reagir tão intensamente.
5. O que acontece no processo terapêutico
Ao longo da análise, geralmente emergem:
-
histórias infantis de desamparo ou cobrança extrema;
-
vivências traumáticas (não necessariamente ligadas a trânsito);
-
crenças inconscientes de incapacidade;
-
conflitos com figuras de autoridade;
-
medo de crescer, decidir ou contrariar;
-
fragilidade da autoestima.
Ao nomear, elaborar e simbolizar tudo isso, o sujeito se fortalece internamente.
E quando o Eu se fortalece, dirigir deixa de ser uma ameaça.
6. O resultado psicanalítico
A pessoa não apenas passa a dirigir.
Ela passa a:
-
confiar mais em si,
-
suportar melhor a responsabilidade,
-
reduzir a autocrítica,
-
lidar com o imprevisível sem se desorganizar,
-
ocupar seu próprio lugar sem tanto medo.
Ou seja:
não é só o volante que muda — é a relação com a própria vida.